A primeira parte do título (Vem de brinde) foi inspirada numa tirinha do Cascão, em que ele reclama por ter que pagar por balas que haviam sido oferecidas “de brinde” depois de finalizar uma compra. A segunda parte do título (O desespero consumista no capitalismo tardio) foi inspirada em ideias rasas como “Comunista de Iphone” em justaposição a conceitos mais sérios, como o fetichismo da mercadoria; e na sensação de que, quando mais sofisticado (e cruel) o capitalismo se torna, mais difícil é superá-lo. Por fim, a terceira parte (Contradições entre Mercado e Arte) me parece autoexplicativa. Puxa vida, acho que falei muito mais sobre o título do que sobre o poema em si (rs). Aliás, a explicação do poema acabou ficando muito maior de que o próprio poema... Isto é um bom ou um mau sinal?
Vem de brinde ou O desespero consumista no capitalismo tardio ou Contradições entre Mercado e Arte
De graça,
até trocadilho sem graça.
Mas, se eu for bem pago,
prometo que apago.
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